segunda-feira, 1 de julho de 2013

Desde o início da adolescência

Desde o início da adolescência, aprecio o “estar sozinha". Estar sozinha é apenas estar, e não ser. O barulho que encontro dentro de mim nos tempos que tenho comigo, só é sanado por outro barulho, senão melhor barulho do que o das músicas. Já disse uma vez que a música é a única forma de entender a nós mesmos sem que seja preciso dizer alguma palavra. As músicas falam, não basta escutá-las, é preciso ouvi-las, se é que me entende. Olhar pro nada com o olhar vazio não é solitário, é corajoso. Há pessoas que em seu vazio se quer conseguem olhar pra algum lugar, e eu estou sempre à procura de algo, alguém. Não quero coisas e pessoas pra passar o tempo, quero-as para fazer o tempo. O tempo me dá todo o tempo do mundo para estar sozinha, e faço disso um refúgio maravilhoso, onde me dou broncas e parabéns. Dar parabéns à mim mesma é tão necessário quanto ouvir elogios, e que fique claro que isso não serve para alimentar o meu ego, mas é uma base para saber que apesar de todas as falhas, sou uma boa pessoa. Estar sozinha, estar só é uma ótima oportunidade pra tudo… pra se conhecer, para conhecer alguém. Jamais quero ver o “estar sozinha" ligado à solidão, pois estar sozinha, me dá um leque de opções as quais posso fazer o que bem quiser, afinal, estou sozinha e ninguém pode opinar nada.

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