No dia seguinte, ela acordou e juntou todos os pedaços de
si mesma. Fez questão de colocar o pé direito no chão, antes de mais
nada. E suspirou. Nada de suspiros de melancolia, ou saudade, era um
suspiro de “tenho muito trabalho a fazer”. Ela não passou só aquele
batom vermelho maravilhoso que adorava e usou aquele óculos escuro que
ganhou de presente de aniversário da sua melhor amiga, ela estava com um
brilho especial também. Ela deu gargalhadas quando viu que o trabalho
que fez na semana anterior não era nada do que realmente tinham pedido
para ela, e não ficou irritada, nem descontou nas redes sociais. Ela já
estava atrasada, mas, ainda assim, se divertiu tentando cantar a sua
música favorita, enquanto escovava os dentes. Pegou a sua bolsa, se
olhou no espelho mais uma vez antes de sair, e sorriu. Ela se amava,
agora. E vocês não fazem ideia do bem que isso lhe fazia.
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